Em decisão histórica, Gilberto Barros é condenado à prisão por crime de homofobia
Após dizer que vomita ao ver dois homens se beijando, afirmando que agrediria gays que manifestassem afeto em sua frente, o apresentador Gilberto Barros foi condenado pelo crime de homofobia a pena de dois anos de prisão e pagamento de multa.
A denúncia que levou à primeira condenação por homofobia no Brasil foi formulada pelo jornalista William De Lucca, por meio dos seus advogados Dimitri Sales e Fernanda Nigro.
“O advogado Dimitri Sales, que representou De Lucca ao lado da também advogada Fernanda Nigro no processo, afirma que é uma decisão ‘importantíssima, por resguardar os direitos da população LGBT, rejeitando comentários e condutas que estimulam ódio e violência’. Ele diz que a condenação também reforça ‘a decisão do STF [Supremo Tribunal Federal], que elevou a vida desta população a bem jurídico fundamental quando reconheceu a prática de homofobia e transfobia como crimes’.”
Pela decisão judicial, Gilberto Barros terá sua pena de prisão convertida em prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa, que será revertida em cestas básicas a serem doadas a entidades que atuam com a população LGBT.
Gilberto Barros já havia sido condenado a pagar R$ 32.000,00 pela mesma conduta em processo administrativo, também movido por William De Lucca e seus advogados Dimitri Sales e Fernanda Nigro.
Fonte Folha de São Paulo